Sem inspiração
O coração teme as palavras
O olhar se esconde das imagens rubras
A alma se perde nas entranhas moídas
Prisioneira da Paz sonhada e jamais alcançada
Forasteira em minha Terra
Estrangeira na sua
Sem braços que sustentem-me
Ou boca que me toque
Habitante estranha dessa lida bandida
Afogada no escuro de você
Amordaçada pelos seus gestos de adeus
Ancorada em pedras tão frias
Quero meus sonhos - meninos
Um pouco de carinho de mãe
Quero o colo de meu pai
De mim? Quero as verdades pacíficas
As vontades inteiras
A coragem para a vida
Quero seus beijos - amigos
Seu corpo sereno
Sua verdade de paz
Acreditar não me basta
Quero exercício em ato
Um amor que não seja abstrato- quero ser amada!!