Impune até a última linha

havia céu, noite... e, nenhum mundo.

havia uma loucura tão serena... e teus cabelos

encobrindo o mar

ocupando os espaços da estante

desaparecendo nos contornos dos livros,

onde só teu nome consome

como se não houvesse tremor.

quando o sol muda de lugar, para ter-te mais um pouco.

espaço e tempo se encerram tal um violino que se perde no ar.

aqui dentro fica calmo.

queimo o bom vestido por uns tempos

me detenho na saudade ali esquecida,

que começou como chuva bem fininha

impune até a última linha

alagada no eco dos seus dedos.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 10/04/2019
Código do texto: T6620143
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.