Impune até a última linha
havia céu, noite... e, nenhum mundo.
havia uma loucura tão serena... e teus cabelos
encobrindo o mar
ocupando os espaços da estante
desaparecendo nos contornos dos livros,
onde só teu nome consome
como se não houvesse tremor.
quando o sol muda de lugar, para ter-te mais um pouco.
espaço e tempo se encerram tal um violino que se perde no ar.
aqui dentro fica calmo.
queimo o bom vestido por uns tempos
me detenho na saudade ali esquecida,
que começou como chuva bem fininha
impune até a última linha
alagada no eco dos seus dedos.