Vê-se que se achegam os dias luzentes de fôlego.
Correm, batem, gritam às portas do poema, como feixes de ouro, como músicas brutais.
Acordo, ainda sonolenta e preguiçosa, ainda com os sentidos aos botões, esperando a alma voltar ao corpo. Abro as janelas do sangue, sorrio e levo essa lira radiosa pela mão.
Ela canta, ferve, dança à toada sinfônica, sobe as finas flores da cabeça, enche o sangue de letras.
 
Talvez se estenda nesse abril. Talvez se demore em jardim. E talvez, eu enlouqueça à beira dessa invasão, a sonhar !







 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 10/04/2019
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