DA PAIXÃO
Paixão é chama que pega
Pungente vontade que cega
Corrente estridente no peito
Em mente domina o sujeito
Paixão é cruz onde se prega
Toda vontade genuína de amar
Chuva que molha, porém, não rega
Jogo sem regras de sorte ou azar
Paixão tem chão de vidro
É um belo castelo no ar
No abismo onde é erguido
Paira espiralando sem se amparar
Desfaz-se o quebranto enquanto
Cai... seu pranto se espalha no ar