Madrugada!
Despertando na madrugada,
Ansiosa e carente,
De alguém que me fale de amor,
Que me dome esse ardor.
E me faça gritar de prazer!
Na falta de uma boca atrevida,
Refugio meu desejo,
Nas asas da imaginação.
E refaço com minha mão,
O caminho que gostaria que lábios,
De um tom de carne rosada,
Fizessem, estivessem,
Percorrendo agora...
E meu todo estremece,
E meus seios, lhe imploram carinhos...
Meu colo, ventre,
Vértices e vertentes.
Te querendo inquilino,
Do meu corpo aflito,
Vem, me faz tua morada!
Me ama nessa madrugada,
Em que acordada,
Penso num dono dos meus sonhos.