Soneto XIX
Eu bebo é do veneno mais forte
Não há vodca que me satisfaça
Os fracos se entorpecem de cachaça
Bebo o escarlate que sai do corte.
Não perco meu rumo no norte
E a cachaça não é tão escassa
E não há veneno que me faça
Chegar tão perto da morte.
Eu bebo é do veneno mais forte
E na linha que sempre você traça
Não ando, pois vou ao norte.
Gosto daquilo que me ameaça
Gosto de andar junto à morte
Gosto da maldição, você da desgraça.