Imaginação







Sorri sem estar feliz, ouve, ama sem amar,
perde por dentro do peito a vontade de ficar.
Está sempre com o pé na estrada,
chora, compreende, recomeça,
dá freios à sua opinião, a melhor resposta
é o seu silêncio.

Perde a ousadia, quando sofre, se recolhe.
Sem certezas, teme dizer,
está sempre procurando o passado esquecer.

Cala, quando queria gritar,
sente as lágrimas em seus olhos,
só de ver o outro chorar.

Tem todos os motivos para ser feliz, mas, contém
a sua vontade de viver.
Quando dói demais, é impossível revelar,
corre à escrever.

Dar um murro na mesa por não querer dizer,
ajuda, mas, não vai resolver.

Saber que é sempre cedo, não lhe consola.

A sua casa foi construída com gotas de sua imaginação,
nela não existe luxo, só tem quintal e jardim,
fala com os pássaros, ri para as borboletas,
e olha para o seu céu particular que não tem fim.
Viver simplesmente  é a sua maior paixão.

Fechar os seus olhos, traz uma paz inexistente, 
ter os seus olhos vendados,
não faz brotar a semente.

Deixar as suas mãos e pés atados,
não é seu perfil, ela se revolta,
a sua alma, constante aflição,
tenta compreender as coisas da vida,​​​​​
ter modos, paciência, e acima de tudo ser gentil.
Da vida, nada vai levar, nada vai deixar,
aos poucos se deixa morrer,
enquanto existir, sentir, é a sua missão.

Caminha como se o mundo fosse seu,
tão só, na vida nunca soube
o sentido da palavra você e eu.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/04/2019
Código do texto: T6617657
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