Páginas do tempo
Sentado à mesa, olhando para o lado de fora da janela,
um lindo dia frio, alma fria, serena, à espreita,
analisando tudo,
turbilhões de pensamentos, sem chegar
a lugar nenhum,
vez por outra, a fumaça do café, fazia
com que voltasse à realidade, contou os passos lentos,
que o fazia chegar à janela para sentir a brisa
era um
entardecer dum sol que havia fugido à semanas.
Às vezes, a paisagem mostrava alguns sonhos,
soltava as suas lembranças dum amor,
outras vezes eram lembranças de
um passado cheio de dores, de desencantos,
desencontros.
As páginas do tempo eram folheadas pelos ventos,
sem promessas, sem esperança,.
Ah o tempo, o tempo e eu,
o que diante dele, sou?
-Sou somente uma criança, dessas
que são jogadas à vida, engatinhando, sem ninguém,
sofrendo, chorando, sem passado, sem presente.