Páginas do tempo





Sentado à mesa, olhando para o lado de fora da janela,
um lindo dia frio, alma fria, serena, à espreita,
analisando tudo,
turbilhões de pensamentos, sem chegar
a lugar nenhum,
vez por outra, a fumaça do café, fazia
com que voltasse à realidade, contou os passos lentos,
que o fazia chegar à janela para sentir a brisa
era um
entardecer dum sol que havia fugido à semanas.
Às vezes, a paisagem mostrava alguns sonhos,
soltava as suas lembranças dum amor,
outras vezes eram lembranças de
um passado cheio de dores, de desencantos,
desencontros.
As páginas do tempo eram folheadas pelos ventos,
sem promessas, sem esperança,.

Ah o tempo, o tempo e eu,
o que diante dele, sou?
-Sou somente uma criança, dessas
que são jogadas à vida, engatinhando, sem ninguém,
sofrendo, chorando, sem passado, sem presente.
 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/04/2019
Código do texto: T6617635
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.