BELO ATO (*)
Como o amor, forte pureza;
sem nenhuma dor, és beleza;
poesia sem favor, és paz;
da moça, calor: sorte do rapaz!
Não apenas mero sexo,
assim não haveria nexo,
algo que é muito bonito,
- pode até parecer esquisito!
Mas, é sincero e verdadeiro...
é a destreza de um cavaleiro,
a presença do vivo calor.
Perfume da rosa arrancada...
da eucalipteira derrubada:
dois corpos a fazer amor.
(*) Do livro do autor PEDAÇOS DE UMA EXISTÊNCIA (Litteris, 1999).