BELO ATO (*)

Como o amor, forte pureza;

sem nenhuma dor, és beleza;

poesia sem favor, és paz;

da moça, calor: sorte do rapaz!

Não apenas mero sexo,

assim não haveria nexo,

algo que é muito bonito,

- pode até parecer esquisito!

Mas, é sincero e verdadeiro...

é a destreza de um cavaleiro,

a presença do vivo calor.

Perfume da rosa arrancada...

da eucalipteira derrubada:

dois corpos a fazer amor.

(*) Do livro do autor PEDAÇOS DE UMA EXISTÊNCIA (Litteris, 1999).

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 06/04/2019
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