Poetas mortos

Poetas mortos

(Sociedade dos poetas mortos)

Onde os sonhos emergirem,

os Deuses se tornarão quadros.

Quando ceifarem minhas palavras

com ordens, diplomas e gargalhadas,

tornar-se-ão seus próprios retratos.

Blasfêmia se tornou o amor.

Dão-lhe asas e acorrentam seus pés

em dias não vividos.

Meus heróis, meus desejos;

meus sonhos, minhas prisões...

Com charadas e palavras mágicas,

só uma chance pra esta alma;

voarei ao infinito.

Poetas quando mortos

navegam seus próprios portos

quando vivos esquecidos.

Camper
Enviado por Camper em 01/11/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T66171