INÚTIL

INÚTIL

Uma linha após a outra

Todas em branco

Não há sequer santo

Que crie inspiração

Neste vazio coração

A manhã já vai longe

O silêncio é mortal

A inutilidade é presente

Nesta caneta que porto

Sem chegar a nenhum porto

Que me dê guarida

E escreva vida

Navegando pelo papel

Que segue inútil

Qual tal a caneta

Qual tal eu

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/04/2019
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