INÚTIL
INÚTIL
Uma linha após a outra
Todas em branco
Não há sequer santo
Que crie inspiração
Neste vazio coração
A manhã já vai longe
O silêncio é mortal
A inutilidade é presente
Nesta caneta que porto
Sem chegar a nenhum porto
Que me dê guarida
E escreva vida
Navegando pelo papel
Que segue inútil
Qual tal a caneta
Qual tal eu