PARTIDA DE PRAXEDES
Estrada maldita, má, produtora de morte,
larápia de vidas, lá, subtratora de sorte,
extintora de devotados pais de família,
redutora de alargados cais de alegria...
Alegria de bem trabalhar, de ser querido,
agora revertida na triste dor dos amigos.
Sempre o lembraremos como bom marido,
protetor de seu lar, educador sem castigos.
Levaste o Praxedes sem nenhum retorno,
maltrataste familiares – és só transtorno
injusto que poderia até nunca existir!
Insegura via de luta que muito nos tortura,
não cuidada, com buracos e pouca largura,
a engolir autos – carecemos de refletir!
Salvador, 06/06/1998.