Cor de conhaque
olhe pela janela, o ensaio das azaleias
prestes a cair
na doce inconsciência dos vasos
(...) balbuciando orações
o vermelho desconcertado, sem boca
e tudo ao redor ecoando
o redemoinho escoando
os nós os dedos
o choro da cor que vem das almofadas macias
permita que a realidade se intrometa
vestindo apenas uma lembrança minha
queimando alto
fazendo companhia aos navios que passam de noite
no mar que começa e termina em mim
tal uma saudade
quando estamos longe da saudade.