Cor de conhaque

olhe pela janela, o ensaio das azaleias

prestes a cair

na doce inconsciência dos vasos

(...) balbuciando orações

o vermelho desconcertado, sem boca

e tudo ao redor ecoando

o redemoinho escoando

os nós os dedos

o choro da cor que vem das almofadas macias

permita que a realidade se intrometa

vestindo apenas uma lembrança minha

queimando alto

fazendo companhia aos navios que passam de noite

no mar que começa e termina em mim

tal uma saudade

quando estamos longe da saudade.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 03/04/2019
Código do texto: T6614724
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