P o n T o

Rio, 27/11/2014.

Os becos

Das Vidas,

As vidas

Nos becos.

Os cercos

Das almas,

As almas

Nos cercos.

Os cheiros

Das sortes,

Os portes

Sem cheiros.

Os cortes

Nas verbas,

As verbas

Sem cortes.

As vergonhas

Estão mortas,

As comportas

Têm peçonhas.

No plenário

Há falcatrua,

O mercenário

Mostrando a lua.

As inverdades

Espalhadas nas ruas,

As verdades

Com cascas e cruas.

O povo

Segue iludido

Comendo ovo

Pelo ouvido.

É vermelho,

Está partido,

Ao espelho

Reflete dragão,

Devorador descomedido,

Destruidor da Nação.