Soneto XV
No cálice que dizem ser sagrado
Do vinho tinto dos domingos
Em meio a choramingos
Bebo o sangue que dizem ser macabro.
Toda a benevolência do cálice teu
Foi amaldiçoada vós, que se diz santo
E agora, o Nazareno, aos prantos
Vê que o certo, o homem converteu.
És a maldição construída por cimento
Onde se comete o maior dos pecados
De dizer-te a casa do Nazareno.
Um lugar onde se reúne os fracassados
Que necessitam da inverdade, e sem consentimento
Mal sabem que são os próprios amaldiçoados.