VIRGENS PROSTITUTAS
VIRGENS PROSTITUTAS
29/03/14
Noite escura de lua nova.
Olho o céu sem a velha lua.
Os cães ladram na alcova
Soou o apito sem som, silêncio na rua.
Caminho por retas esquinas,
Passando por honestos ladrões,
Em seu ofício nas marinas
e sorriem com duras expressões.
Ao longe centenárias crianças
Cercadas por adolescentes idosos
Trazem-me a mente perdidas lembranças
De frágeis braços poderosos.
Esbeltos obesos saúdo com um aceno.
Desejo-lhes longa vida de expiação.
E que deus lhes dê um sofrer ameno,
pois o pecado da gula merece perdão
Virgens prostitutas se cobrem com saias curtas
Assediadas por milionários paupérrimos
Que de elegante desleixo surtas
Em gordos corpos magérrimos.
Geraldo Cerqueira