XIV
O peso da vida
É se queimar mato e gasolina
A mesa, a família
A cremosidade da margarina
O peso é o lado oculto das coisas
Em uma sala vazia
Entrar morto no cemitério
E sair muito vivo
Vivo pra cachorro
Dois olhos bem abertos
A frustração do passado
O futuro como o previsto
O aluguel, o ônibus
Taxa de condomínio
A nova mobília
O peso da vida é não ter balança
Não ter balanço
Tudo ser um absurdo
Resumido em circunstância