PENSANDO NA RUA
Pus-me a pensar sobre a rua, que serpenteia ali nua... no sobe-e-desce constante, é destino intinerante pra carros, comboios, trilhos... pros teus -Postes- com seus brilhos, como se espinhos cravados.
Dutos, pra água, esgoto... como se artérias e veias fossem.
E a rasgam safenam-na ao bel prazer... cirurgias plásticas, mudam-lhe o nome e até a interditam.
Esticam-na, alargam-na e a largam na (...) da amargura.
Sonha em morrer e, raramente acontece, de ser transformada numa rua de lazer, ou numa praça... e aí, Éden!
(Em diálogo poético com Suely Andrade e seu belo post, “O Poste”.)