A vida é poiema do poietés do amor
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Ah poeta! Por que insistes no versejar?
Se o mundo já colhe as flores do rimar.
Se na corte já não se ouve o menestrel.
E o e rimar pros destes dias é aranzel.
Por que insistes em ver na flor o encanto,
E no canto dos pássaros o doce lirismo.
Se os ledores se perdem no entretanto.
E o ritmar da rima pra uns é pedantismo.
E a resposta é: eu amo rimar a leda vida.
E na hora que a fria morte me beijar.
Eu ainda, hei de rimar vida com querida.
De versos eternos do poietés num poetar.
(Molivars).