A vida é poiema do poietés do amor

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Ah poeta! Por que insistes no versejar?

Se o mundo já colhe as flores do rimar.

Se na corte já não se ouve o menestrel.

E o e rimar pros destes dias é aranzel.

Por que insistes em ver na flor o encanto,

E no canto dos pássaros o doce lirismo.

Se os ledores se perdem no entretanto.

E o ritmar da rima pra uns é pedantismo.

E a resposta é: eu amo rimar a leda vida.

E na hora que a fria morte me beijar.

Eu ainda, hei de rimar vida com querida.

De versos eternos do poietés num poetar.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 30/03/2019
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