IN-ODE UMARI

IN-ODE UMARI

Nestas terras, há tanto abandonadas, brotaram sementes que caíram em solo bom e ruim.

Mas com as sementes germinaram também ervas daninhas, que tentaram sufocá-las.

Durante muitas primaveras, cuidadores se empenharam dias e noites, sobre sol e chuva para proteger os grãos de vida.

E com muita labuta a essência da BIOS se manifestou semente à dentro, em silêncio.

Surgem os primeiros sinais da existência de DEUS, a vida. Nestas terras onde poucos, ainda permutam solitários uns aos outros, falsamente sorridentes cheios de interesses.

Ah! Terra Umari, quantas mãos ainda hão de expropriar teus frutos, em tuas hídricas coronárias transbordadas de quase mortas vidas?

CHORAS!

Ó Terra fecunda, conquistada à força, fogo, ferro e lábia (171)!

Tua história aguerrida proclama-te fiel marco de contribuição na história da “sentinela do norte”, com teu desenvolvimento sobre as dormentes e ferros contínuos.

Essas poucas e pobres palavras, por mais que quisessem, não conseguiriam descrever teus prodígios.

E hoje em dia, tu não passas de moeda de troca entre poucos.

Mas tu és como o Cúmulos Limbo que assombreia tudo, antes de despejar suas águas sobre as loucuras de poucas ervas daninhas que serão sufocadas com as águas da tua auto suficiência, que é o que prevalecerá!

Tuas mãos calejadas pela labuta diária, não desmerece teu nome UMARI, TUBA de mulheres e homens aguerridos.

Tuas misturas sanguíneas agregam valores sobre teus frutos.

Terra Mãe de berço e apófise de filhas e filhos, que carregam tuas insígnias.

Que pena que existam frutos podres "validando" um LIXÃO de condutas tão mais podres. Ambos contribuem para a podridão nesta terra. Isso aos olhos dos “doutores das leis” é besteira... Será?

Como pode um pedacinho de terra tão “gititinho”, promover tantas discórdias e condenações sem julgamento, e impunidades?

Diz uma velha máxima: "aos meus amigos os favores da lei, aos meus inimigos os rigores da lei”.

E como uma nau sem direção, tu ficastes à deriva por tanto tempo sem um capitão, por teres tido mais de meia dúzia de pseudos capitães.

Alguns não sabiam nem de onde nascia o astro rei... dirá para onde era o norte!

Contudo, nada está perdido, pois sempre existe um herói no meio do povo. E isso não é uma armação para novamente dar soluções instantâneas para matar a fome dos famintos por alguma coisa! Qualquer coisa...!

Só sabe o que é fome quem vive sol a sol, se desidratando para sobreviver da "caridade" dos que nunca sentiram fome.

Mas estes sentem fome, depois que saem de suas hibernações tetranais, para devastar tudo que veem pela frente.

Lagartas devoradoras de sonhos reais!

E pra ti, ó terra néctar anis? Só sobram as dúvidas mortais, dependuradas nos varais poéticos no tempo da eflorescência do POMAR-POEMA que passou.

Agora perdido no tempo, do tempo sem tempo.

Pra um tempo que não para, pro tempo voltar ao tempo de outrora.

Onde se perdia tempo vendo as tuas águas límpidas passando sem demora.

Por levar, bastante tempo para o tempo passar.

E assim, gentil terrinha boadrasta (e não madrasta!), tu nos acolhes sem distinção, em teu colo oloroso pelas flores dos hexais jardins necrosantes.

JAZ AQUI "DEMOCRATIAE DIES"!

Em vala rasa comum, junto com os sonhos e as vozes de teus filhos.

Pois da terra viemos! Para a terra voltaremos, em silêncio perpétuo... às escuras.

UMARI! UMARI! UMARI!

Calaram-te! Calam-te!

Mas não calas!

Jamais haverá ano novo se continuarem a ti fantasiar com os erros dos anos velhos!

És uma pedrinha dentro do sapato de gigantes.

Marituba sem ctrl+C-ctrl+V!

DEUS Ctrl+B!

Terra Firme, 29/03/18.

José da Silva Monônimo de Pátria

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 29/03/2019
Código do texto: T6610837
Classificação de conteúdo: seguro