ALZHEIMER
Num dia tão calmo
A porta sem tranca
Saiu por aí
Num rumo Qualquer
O ronco dos carros
Lhe deu muito medo
Um tanto assustado
Queria voltar
Mas logo esqueceu
De onde viera
Alguém percebeu
E quis ajudar
Estava com sede
Bebeu muita água
Sentiu outra sede
Depois de beber
Não sabe seu nome
Só saber dizer
Lorena cresceu
Nem veio me ver
Me dê desta água
Eu quero beber
Lorena cresceu
Nem veio me ver
Sorriu umas vezes
E outras, chorou
Lembranças em flash
De muitos momentos
Alguém conhecido
Levou-lhe pra casa
Ficou bem guardado
Na porta trancada
Ganhando amor
Que nunca faltou
Assim foi seu dia
E outros viriam
Até que seu pulso
Esqueceu de pulsar