Pequenos quases
deixo-te os lírios calados da porta
acima o céu azul entre as folhas
pequenos quases alvejados
ora intenso, ora suave.
deixo-te uma horta para crescer seu deserto
uma tequila sobre a mesa
o silencio da banheira
e o choro macio dos rios
deixo-te o primeiro esboço do perdão
que precisa morrer várias vezes
junto aos momentos felizes
deixo-te a caneta por perto para moldar a pálida tristeza
os longes azuis
(...) às vezes insuportável.
deixo-te um dia como os outros
e a solidão de imaginar
se eu falo a verdade até quando minto...