Como se soasse firmamento
num peito coalhado de girassóis
a vida tem vista para o mar
onde vivo hospedada
com uma flor atrás da orelha
a beber piña colada
nas mãos em concha uma alma
já incluída na diária
junto a uma pilha de raízes da estação
só pra descansar a respiração
de borboletas e beija flores
deito no topo do corpo
desço só à noitinha (...)
cada novo dia
é como mar na arrebentação
apaga todos os nexos
toma qualquer forma
em todos os cantos de dentro
(arrepia o espelho...)