DEVANEIO

Na janela eu ficava
todo dia olhando a rua,
não sei o que esperava...
Mas a lua navegava
clara, branca, bela, nua
pelos céus, sem escarcéu,
silenciosa, calada,
enfeitando as madrugadas,
e o sonho que, leve, flutua.
Mergulhada nesse enleio,
tantos sonhos, devaneios,
nem via passar as horas.
Logo, logo amanhecia...
da lua eu me despedia,
tinhamos que ir embora.

 

Para o belo poema  "Além da Janela" de Deley
https://www.recantodasletras.com.br/poesiasdetristeza/6598858


 Paulo Miranda
Tantos sonhos, devaneios
e da janela não sais
queres ouvir meus chilreios
se dos pardais sou um (dos que) a mais...?