Voa Mosquete!
Retumba o ardil, sonolenta avidez,
em cárcere de ilustre isolação.
Ressoa clandestina sordidez,
na pólvora cáustica do mosquete.
Os grilhões gritam ensanguentados,
de loucos, mendigos ao canhão!
A tempestade carrega os alarmados,
às celas; de pecado e flerte...
Voa a baioneta sedenta de chumbo,
espalhando-se aos corpos e cachorros.
Bandeiras e mastros desfilam a fundo,
sufocando e suspirando liberdade.
Com gana, sem autopiedade;
vítimas jamais, guerreiros ao sol...
Degredados ao fogo da vontade,
lutam para defender o último farol...