Carta ao .

A felicidade é imutável,

O tempo anda curto,

E apesar de só beijar teus lábios,

Queria ter-te como porto seguro.

Você foge da minha tempestade,

Você foge da minha chuva,

Diz ser a minha metade,

Mas nem se quer completa minhas loucuras

Você disse "eu te amo",

E como um tiro escuro adentrou meu coração,

Espero não ser um desengano,

Provocado por uma fértil imaginação

Você pergunta se está tudo bem,

E eu geralmente digo que sim,

Pela primeira vez consigo ver além,

Mas se persiste a ideia do fim,

Por que tão frio amor?

Por que por uma vez não me escuta?

Por que sempre foge de minha dor,

E por auroras me machuca?

Viver é um esforço?

Ou minha presença te incomoda?

Nossos caminhos meios tortos,

Por fim irão cair na forca?

Eu tenho medos sabe,

Mas você sempre irá inferioriza-los,

Você me caracteriza como a própria infantilidade,

Mas não entende, que quem nos faz é o passado.

Preciso de alguém que me mostre,

Que eu não estou sozinha,

Que Deus não é sorte,

Que sorte a minha?!

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 27/03/2019
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