Carta ao .
A felicidade é imutável,
O tempo anda curto,
E apesar de só beijar teus lábios,
Queria ter-te como porto seguro.
Você foge da minha tempestade,
Você foge da minha chuva,
Diz ser a minha metade,
Mas nem se quer completa minhas loucuras
Você disse "eu te amo",
E como um tiro escuro adentrou meu coração,
Espero não ser um desengano,
Provocado por uma fértil imaginação
Você pergunta se está tudo bem,
E eu geralmente digo que sim,
Pela primeira vez consigo ver além,
Mas se persiste a ideia do fim,
Por que tão frio amor?
Por que por uma vez não me escuta?
Por que sempre foge de minha dor,
E por auroras me machuca?
Viver é um esforço?
Ou minha presença te incomoda?
Nossos caminhos meios tortos,
Por fim irão cair na forca?
Eu tenho medos sabe,
Mas você sempre irá inferioriza-los,
Você me caracteriza como a própria infantilidade,
Mas não entende, que quem nos faz é o passado.
Preciso de alguém que me mostre,
Que eu não estou sozinha,
Que Deus não é sorte,
Que sorte a minha?!