Faca de novela
não sei entender o céu
se a noite olha para mim
dei-lhe o seu nome
os vestidos, a louça, o telefone.
despejei a água do Nilo
no primeiro golpe de vento
não sei se brigamos. não sei
temi os girassóis que viram tua face ao sol
aflita em deixar as janelas nuas
e o nu mais forte
não sei o que foi feito do mundo consumido
só queria uma canção de ninar
para dormir os muros que cortam o ar
sem doer o silencio das facas
onde nossos cortes nos falham