DESAMOR
Os grandes amores da minha vida
Me foram abruptamente arrancados...
Restaram amores fugazes
Que até agora não foram capazes
De tomar-me totalmente,
De desnortear-me,
De apaixonar-me loucamente.
Mas sigo amando e me encanto...
Enquanto amo, me entrego, não nego,
Mas o encanto já não é tanto...
Se o amor tem que ir, abro-lhe a porta
Pouco tempo depois, já não importa
E o amor vira desamor...
Já não me ocupa, nem me abala...
Já não me causa dor.
E abre-se espaço para um novo amor.
Efêmero? Sei lá!
Que dure o que tiver que durar.
As coisas hoje são tão descartáveis...
Ouvindo Pedro Luís _ Amar Al Mare