Não Sofra, Senhor.
Na esquina da rua Querubim
Passou um senhor,
Ele alegou que não sofreria mais,
E voltou para seus aposentos.
Passou pelo corredor cheio de memórias penduradas a parede;
Mas ele disse que não sofreria...
Sentou-se na poltrona Marrom;
Acendeu um cigarro e pôs-se a sofrer.
No copo uma dose de conhaque;
Entre os dedos enrugados e tristes, um cigarro queimando...
Mas quem se importa?
Ele sofre calmamente;
A fumaça contornava as curvas da melancolia que o beijava;
E ele sofria.
Sexta-feira, calma sexta-feira.
As palavras mal ditas assombravam a sexta maldita;
Ensolarada, triste, a mesma...