Stars
Observei a escuridão do céu,
e resolvi realinhar as estrelas.
Para chegar até lá foi difícil,
haviam montanhas por todo o caminho.
Ainda assim, subi na mais alta,
Estiquei meus dedos
mas, só alcancei o brilho delas.
Agarrei-me então naquela luz.
Quem sabe conseguisse subir e tocar até planetas.
Entretanto, ficavam bem mais distantes.
Melhor não cobiçar mais do que posso.
Só queria mesmo realinhar as estrelas...
Pretendia me esforçar e reordenar os desígnios.
Reconfigurar as previsões e talvez até meu destino.
O céu pode ser assustador no escuro,
Não obstante é envolvente e fascinante.
As formas sombrias que porventura esconde,
Podem ser nebulosas distorcidas,
ocultando seu lado mais brilhante.
Fui muito longe navegando na cauda dos sonhos,
e tudo era deslumbrante,
Mas o céu rachou de repente,
E se quebrou em mil pedacinhos.
A cauda, outrora reluzente,
Virou purpurina, e descontente,
Caiu sobre os meus olhos.
Poeira de estrelas iluminaram meu rosto.
na verdade eram apenas minhas lágrimas.
Tive que abortar a jornada.
Uma pena. Só queria realinhar as estrelas.
Nelas os sonhos são radiantes.
As coisas parecem mais promissoras do outro lado.
De lá, seriamos tão pequenos...
Os problemas talvez fossem também.
Percebi então, que não posso realinhar as estrelas.
Porém posso sonhar,
que de lá, elas me achem brilhante também.