Sopro ardente
Sopro ardente
O calor que te queima
o peito e sai pelas mãos,
é o sopro da vida, suave e ardente.
Fugindo do subterrâneo da alma
toca meu corpo enfermo
e faz do suspiro a eternidade,
como outra vida.
Lembranças?
Neste contorcer de árvores
espreitando os sons conduzidos
na gelidez de uma noite
que foi ninho a colisão
de nossos corpos vagando,
como plumas perdidas no espaço,
que fomos...que somos.
Cada grito que sinto,
rasga meu peito como
o sopro ardente.
No caule da dor
sentir-se vivo.