Soneto IX
Não quero o reconhecimento
Quero, como quero a maldição
Do sentimento do teu coração
Que não me deixes no esquecimento.
Dogmas são Dogmas, vou acabar
Dentro de meu caixão rodeado de malditos
Ao me enterrarem, ecoarão os gritos
Das almas malditas a me saudar.
Quando eu aqui não mais estiver
Quando saciar toda a sede que houver
Ainda assim a maldição há de ser o critério.
Peço-lhes, servos da maldição
Apenas que, meu nome, por consideração
Seja da rua do mais belo cemitério.