A SOMBRA DA LUZ
Vertiginosa foi minha triste viajem
Um se despir humano e espiritual
Um se auto mutilar insano e moral
Desfigurando a minha pretensa imagem
Durante a queda, eu nada via
Além da sombra de mim mesmo
Enquanto me esvaía ao tempo esmo
A escuridão crescia entre o viver e o vivia
A velocidade do tempo a alma dilacerava
A voracidade da dor me rasgava os sonhos
Me consumia um silêncio medonho
E a esperança era apenas uma hipótese que desbotava
Enfim, ao fundo do nada cheguei
E foi lá, sem arrimo do amor e da lei
No desaparecer mais profundo
No despertencer mais sem mundo
Que finalmente eu me achei.