Retrospecto
Quero ver meus grotões
Naquele chão de mata
Ver o voo das garças
E aquele lindo arrebol
Ver teu compasso simplório
Chão irrompendo a semente
Canto ao estalo dos ventos
Coro, arco-íris, floresta
Seus tuxauas
Senhores das terras silvestres
De quando um intocável cipreste
E sem fronteira entre o bem e o mal
Nossas árvores
Sumaúma e ipê imponentes
Pindobas quase em ciclo perene
Palha seca ao sapé de outra gente
Gado a solta e a flora de pé
E a viola
Glamurosa nas mãos de um poeta
Com o som das memórias campestres
Dos cantadores, os alpendres, as quermesses
Santo e festa em uma terra sem nome