O POEMA E A CANÇÃO
O poema
caos ou sonho
Ante tua imperdoável ausência
Tem lágrimas e se incorpora
Ao momento que eu nunca devia ter vivido
E para mim
É difícil digerir essa realidade
Feitas de palavras anoitecidas na tua memória
Que não falam de esperanças
E trazem as artimanhas
Do velho jogo da vida
Com seus labirintos, suas peripécias, seus impulsos
Enquanto isso
Espero que o recomeço aconteça
Apesar da tua ausência medonha
Deixar perplexo o coração de quem sonha
Agora, retomo a certeza
Que o desconhecido trama
Me obrigando a acreditar que adiante a canção
Me livrará desse cansaço e dessa solidão.