Eso-Olhar
A visão é opaca
Na lentura das névoas
Há estreitezas
Fragmentações
Pequenez do olhar
Se vê separatividade em tudo
Sensações de indiferença
Olhares de apontamento
Com tudo que estás a nos permear
O pseudo-ser gira nas grandes rodas
Experienciando as mesmas vivências
Até o oportuno momento do clarear
E enquanto houver cegueiras, encantamentos
Não importa se a estadia será em arranha-céus ou em um simples pomar
As ilusões serão doces e na nossa infantilidade míope, iremos nos chafurdar
Pelo jugo da mente
O olhar se embaçara
O arcabouço psíquico é doentio, prisioneiro
Carecendo de se transformar, libertar
Mas gradualmente
Vem as benesses do universo
Novas abrangências
Encandeando um novo olhar
Se o ser der abertura
Novos espectros de realidade contemplará
As ruminações de fumaça se dissolvem
E terá olhares internos do não-julgamento, complacência, neutralidade
Exponenciando o "eso-olhar" ...