MARCAS INDELÉVEIS...
A tarde desliza sobre os seus pragmáticos tons
esborrifantes pingos resvalando sobre a janela
vertem também ausências marcantes
nos atalhos das minhas lágrimas.
Uma tênue luz em Castiçais
refletem sobre a íris,que em matizes
cora minhas lembranças opacas
rabiscadas em meus madrigais.
Lençóis amarfanhados de desejos
marcas indeléveis de infindo sobejos
amornam e ornam sobre a sua translúcida nudez
ao cheiro das suas gadelhas em jasmins
que se foram
impregnadas sobre mim.
Enquanto um violão inerte a um canto
encanta no canto a sua mudez
que agora se desfaz em nuvens tênue
no choroso canto da chuva
quanto ao meu...
que em duo canta também
este poeta dos grafados
que lhe oferece este fado...