O AMANHÃ DE ONTEM
como lido com a morte
se mal sei apagar luzes?
fingindo-me de forte,
acendendo velas e ajuntando cruzes?
cativo da memória,
trago teu contorno tatuado
no ventre macio da minha história
como fato ainda não consumado
como lido com a má sorte
de ter testemunhado tua ida ao solo?
fazendo da dor esporte
ou simplesmente invertendo os pólos?