O CORVO (Adaptação do poema do mesmo título de E.Allan Poe)
Madrugada gélida de dezembro:
Um leve e inesperado toque à porta de meu quarto.
Apenas isto.Nada mais.
Por que não amanhecia?
Tentei em vão encontrar nos livros
um fim para a minha angústia
pela dor da perda de Lenora.
As púrpuras cortinas sedosas esvoaçavam indecisas
entre sobrsssaltos e fantásticos temores.
Será uma visita a esta hora?
Escuridão e silêncio.
Lenora?
O eco responde:
Lenooooooooooraaaaaaaaaaaaaa Lenoooooooooooooooora
Nada mais.
A alma,um braseiro.
Outro toque, agora mais forte.
A grade da janela,vazia.
É o vento.
Nada mais.
Tânia M. da C. Meneses Silva
8 de julho de 2006