Tempo um precioso presente.
O futuro é um quarto escuro, obscuro.
Que a candeia do presente ilumina.
Com o óleo do guardado dum passado.
Que a vida ressabida da lida rumina.
E no espaço-tempo dentro do tempo.
Em meio-tempo se vai no destempo.
Que por ânsia perde-se no antetempo.
Dum ser que vive a espera do retempo.
Ah Tempo! De face mista de entremente.
Pois o presente vira passado no presente.
E o futuro já é passado no presentemente.
Mas todo tempo é um precioso presente.
(Molivars).