Trovão dos Tempos

O som do trovão sagrado

Ecoou por anos-luz bradando

Em todo recôndito universal

E deixando seu verbo em semente

O som do trovão sagrado se calou

Diante tantas injustiças e maldades

Que aqui ele encontrou... Chorou

E o verbo se corroeu solitário esse dia

A alma do mundo também se corroeu

Sendo roída pela discórdia e a ganância

Mas espera calada sua ressurreição

E o mundo clama pelo renascimento

E eu clamo pelo entendimento

Pelo retorno do som do trovão

Pelo amor mútuo entre os povos

E grito pela alma do mundo

Grito até acabar minha voz

Pois meu coração também chora

E o que eu posso deixar são somente palavras

Que às vezes nem serão lidas

Mas a chuva sempre volta

E rega os campos de trigo

E o ouro já se foi junto aos reis

O que restou foi um recomeço

Somente esbocei um breve sorriso e morri em paz...

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 20/03/2019
Código do texto: T6602699
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