Soneto VI
Proclama-te a Satã, moça
Peça a teu rei o que desejas
Ainda terá os dias pra que percebas
Como és medíocre, tu e teu rei trouxa.
Proclama-te a teu Deus do Céu, bom homem
Reze, venere a ele, submeta ao improvável
Verás o quanto és, tu e ele, lastimável
Peça a ele o que teus filhos comem.
Proclama-te voz, meu caro leitor
Conhecedor de muitas minhas intenções
Mas proclama-te, como eu, a teu interior.
Nada é tão importante quanto vós e vossos corações
Acredite em ti, coragem, e já és, assim, vencedor
Fuja, meu caro leitor, de falsos dogmas e ilusões.