Coração Sem Habeas Corpus
Tenho o monopólio da esperança,
E do devaneio ( ou da loucura?...)
Tenho a ilusão da criança
E a fé no impossível, mas que é cega e pura!
E gostaria de ser acusado
De te amar, sem poder te amar!...
Para que o meu coração-advogado,
Nem da sentença ousasse protestar...
E ele diria: “Sou réu, confesso,
Mas não peço perdão.
Pelo amor de Deus, eu peço,
Prenda-me no seu coração!”