Espasmos Alegóricos

Espasmos de inspirações nesse sol

Que aquece e desgasta minhas palavras

Espasmos de dor sobre o lençol

Que me deixam insone nas madrugadas

Espasmos e lapsos de memórias

Tão antigas que deixei na encruzilhada

Espasmos pela água tão gelada

Que pela cachoeira foi a tempos derramada

Espasmos longos em um peito doentio

Que aquela tarde se banhava lá no rio

Rio de águas claras e de vida borbulhante

Que busca o mar nesse fluxo constante

Eu tive espasmos ao escrever tal poesia

Incerto ao verso vazado pelo punhal

Não fui direto, mas usei alegorias.

Para entregar-me as castas luzes do arrebol

Também espasmos pelo sangue escorrido

Sono letárgico, desregrado e fatal.

No seio eterno do universo escondido

Nos abraços escassos entre o bem e o mal

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 19/03/2019
Código do texto: T6601851
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