CODINOME

Sempre paguei

pelo não que me daria.

Sempre roguei

pelo pão de cada dia.

Sempre amei sem cobrar nada,

mesmo sem ter serventia.

Esqueci seu codinome,

pus seu nome na poesia.

Se acaso me rebelei

por apreço e empatia,

peço enfim que não repare,

perdoe minha ousadia.

Pra evitar um descompasso

dei de pecar na harmonia.

Se às vezes silencio

reverencio calado

o imenso espaço vazio

da tua ausência ao meu lado.

Quem me vê pelo avesso

sabe porque sou assim,

quem não muda seu olhar

não sabe nada de mim.

Quem me vê triste ou risonho

nem imagina que vago

sempre apegado ao meu sonho

sem sair do camarim.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 19/03/2019
Reeditado em 19/03/2019
Código do texto: T6601730
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