Era um amor
Guardado na gaveta do meu sonho
Passado num tempo entreaberto
Que confortava o suicídio da noite
Pertinho do olhar submisso do vento
Tinha o prestígio da rosa em cantos
Que dilatava o orvalho em lágrimas
Do amor perdido na dúvida das horas
Que recordava a ânsia dos errantes
A vida caprichosa revestia o amor
Na sombra cuidadosa da relíquia
Que se espalhava numa roupagem à-toa
E contemplava o arquivo das ilusões
No sagrado perfume da noite espalhava-se
Era todo amor que eu tinha
E propagava-se na pele quase nua
Na pressa da vontade virou poesia
Deixei tudo largado no pranto que se foi
O desejo eu pintava nas cores do amor
Que molhava o sorriso manso do dia
Nas células vindas da primavera
Agitando o encanto suave das flores
No desenho que formava uma esperança
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Guardado na gaveta do meu sonho
Passado num tempo entreaberto
Que confortava o suicídio da noite
Pertinho do olhar submisso do vento
Tinha o prestígio da rosa em cantos
Que dilatava o orvalho em lágrimas
Do amor perdido na dúvida das horas
Que recordava a ânsia dos errantes
A vida caprichosa revestia o amor
Na sombra cuidadosa da relíquia
Que se espalhava numa roupagem à-toa
E contemplava o arquivo das ilusões
No sagrado perfume da noite espalhava-se
Era todo amor que eu tinha
E propagava-se na pele quase nua
Na pressa da vontade virou poesia
Deixei tudo largado no pranto que se foi
O desejo eu pintava nas cores do amor
Que molhava o sorriso manso do dia
Nas células vindas da primavera
Agitando o encanto suave das flores
No desenho que formava uma esperança
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