Para além da janela envidraçada
um dia nublado em essência me acena...
mas eu, em resposta, não faço nada.
Eu não saúdo as nuvens enrodilhadas,
não cumprimento Deus pela cinzenta beleza
de sua cinzenta melancolia divina...
Não, eu não faço nada, absolutamente.
Contenho-me diante da janela sumamente humana
porque o nublado deste dia é minha auto-mitologia.
Para além da minha própria alma enjaulada
as nuvens da lembrança tocam as mãos etéreas,
dizem-me de quanto ainda há para fazer...
Mas mantenho-me fiel; não faço nada!
Porque fazer tem em si mesmo a idéia de desfazer
e é tão perigoso o mover-se sobre inconstâncias
que a posição de sentido do capitão advertido
pode ser da tropa a benção ou o castigo.
Vai saber...
Só sei que estou refazendo
o tricô esgarçado da paciência
e carimbando meu passaporte
vencido
rumo ao desconhecido.
E quem quiser vir, que venha!
Mas, por favor,
não ao meu lado e nem comigo!
um dia nublado em essência me acena...
mas eu, em resposta, não faço nada.
Eu não saúdo as nuvens enrodilhadas,
não cumprimento Deus pela cinzenta beleza
de sua cinzenta melancolia divina...
Não, eu não faço nada, absolutamente.
Contenho-me diante da janela sumamente humana
porque o nublado deste dia é minha auto-mitologia.
Para além da minha própria alma enjaulada
as nuvens da lembrança tocam as mãos etéreas,
dizem-me de quanto ainda há para fazer...
Mas mantenho-me fiel; não faço nada!
Porque fazer tem em si mesmo a idéia de desfazer
e é tão perigoso o mover-se sobre inconstâncias
que a posição de sentido do capitão advertido
pode ser da tropa a benção ou o castigo.
Vai saber...
Só sei que estou refazendo
o tricô esgarçado da paciência
e carimbando meu passaporte
vencido
rumo ao desconhecido.
E quem quiser vir, que venha!
Mas, por favor,
não ao meu lado e nem comigo!