O Eu I
Olhes a tua mão repleta de gozo e desprezo
Espanta o Narciso que provoca o seu beijo
E flutue na quimera da reencarnação
De material, tenhas nem o pulmão
Pegue o fósforo, acenda o cigarro!
Coloque cabrexo e rédeas nos seus sentimentos com a nicotina do Diabo!
Carrego em minhas costas as chagas vil das mazelas que sobrevivi
Em minha barba, o sobejo dos amores que perdi
E em minha mente, a psicopata destra bronca que me deixaste criptógramo
Não enchas teu cérebro com coágulos de calor
Em busca do calor do amor
Ponha a ortonásia em seu favor!
Não enxergues o oásis por causa da intensa bruma do coração
Vialege na morbidez da sua acérrima existência com emoção!
Se alege, com suas, nossas e vossas quimeras e nauseabundas lembranças
Resfolegue em seu trono de mentiras,
Deita-te em sua cama de espinhos
E descanse conscientemente!
Na consciência que só faltas o fúnebre e volúnpico Réquiem,
Para que tu possas se materializar para o além!