SOB A ESCURIDÃO

A toga negra, o martelo, a balança,

a ponta da lança pra se equilibrar,

a dura sentença, a triste descrença

e do veredicto não dá pra escapar.

A negra sorte que nos afugenta

nesse infindável jogo de azar,

a cortina de ferro que sempre se fecha

alertando que o show já vai começar.

A manta que encobre interesses escusos

e os tantos abusos que estão por vir

o mugido fraco do ser desvalido

afoito pra ver uma porta se abrir.

Mas nada acontece e tudo se repete

o sistema conspira e sempre se dá bem

fica o réu de joelhos implorando o milagre,

rezando e pedindo e o milagre não vem.

Saulo Campos- Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 16/03/2019
Código do texto: T6599537
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.