Minas (em) curta
Na beleza do cruzamento das raças
O africano, o índio e o português
que se juntaram um dia
Nesta terra tão querida
Chegou e se apossou.
Surge então o mineiro,
Um povo que come quieto e não faz rodeio.
Se acanha e silencia,
enfim não mete medo.
O alimento que era sustento,
não era só o pão que o diabo amassou.
A cultura lhe matava a fome,
tinha como codinome um beija-flor.
Entre as minas de Minas que se consome:
Minas Gerais um estado e um ofício.
O Brasil te abençoou!
O sabão que era pedra,
em escultura se transformou.
O barroco criou asas e confirmou o tempo colonial.
Um mapa de obras Aleijadinho bordou
Deixou rendas barrocas por Ouro Preto, Mariana, e em Congonhas,
sua maior obra ostentou.
Rococó deu vida aos templos divinos.
Manuel sem salto se viu nos altos do céu que pintou.
Na época do ouro a escrita floresceu e enriqueceu a alma.
Fazendo dos poetas construtores de amor e dor.
Foi assim que Tomaz Antônio Gonzaga desmistificou.
Do sertão de Guimarães à Itabira de Drummond.
Ziraldo e seu menino maluquinho.
Adélia que corações disparou.
A literarura em mãos cruzadas e
Um mundo de sonhos repleto de amor.
A música rica de Minas
Pro exterior viajou
O samba, o chorinho e as marchinhas.
Ari Barroso não se calou!
E nas noites claras de lua cheia
a Bossa Nova, o clube da esquina entoou.
O teatro como extensão de sentimentos.
A dança como força de movimentos.
Os bonecos e os mascarados.
A arte cênica no tablado.
É Minas! No seu interior.
O cinema embora tímido.
Espaço certo demarcou.
Humberto Mauro e João Carriço.
Eram pioneiros, de tela em tela isso se revelou.
As Minas viraram grutas.
A cultura se encheu de valor.
O congado e a folia de reis
Foram danças para o Senhor
e foi deste modo que o povo de Minas
Na religião se firmou.
Famintos de comida e chão:
O torresmo e o feijão tropeiro,
Feijoada, carne de panela e angu com queijo
com colher de pau a dança e até o beijo
Corram logo companheiros,
-Comida mineira à mesa, tropeiros!
Nas minas de Minas as suas meninas.
Meninas de Minas são grandes aviões!
Olhando de baixo é puro fascínio.
De lado, ao ver o veículo pousado
Cuidado!!! O vento por elas gerado,
Pode criar gerar um tufão
O povo daqui acanhado
Cansado nunca ficou
Reduziu seu vocabulário e
“Procê” muita história ”contô”
No sino em seu badalo
Mais um amigo enterrou
“-Quem morreu “cê” sabe, Zé?”
Minas (en)curta,
um filme que não tem fim.
O tempo passa a vida se esvai.
Mas o mineiro, matuto calado,
apesar dos seus ais,
Não deixa de ser mineiro, uai!
Todos os direitos reservados Copyright "©"
Na beleza do cruzamento das raças
O africano, o índio e o português
que se juntaram um dia
Nesta terra tão querida
Chegou e se apossou.
Surge então o mineiro,
Um povo que come quieto e não faz rodeio.
Se acanha e silencia,
enfim não mete medo.
O alimento que era sustento,
não era só o pão que o diabo amassou.
A cultura lhe matava a fome,
tinha como codinome um beija-flor.
Entre as minas de Minas que se consome:
Minas Gerais um estado e um ofício.
O Brasil te abençoou!
O sabão que era pedra,
em escultura se transformou.
O barroco criou asas e confirmou o tempo colonial.
Um mapa de obras Aleijadinho bordou
Deixou rendas barrocas por Ouro Preto, Mariana, e em Congonhas,
sua maior obra ostentou.
Rococó deu vida aos templos divinos.
Manuel sem salto se viu nos altos do céu que pintou.
Na época do ouro a escrita floresceu e enriqueceu a alma.
Fazendo dos poetas construtores de amor e dor.
Foi assim que Tomaz Antônio Gonzaga desmistificou.
Do sertão de Guimarães à Itabira de Drummond.
Ziraldo e seu menino maluquinho.
Adélia que corações disparou.
A literarura em mãos cruzadas e
Um mundo de sonhos repleto de amor.
A música rica de Minas
Pro exterior viajou
O samba, o chorinho e as marchinhas.
Ari Barroso não se calou!
E nas noites claras de lua cheia
a Bossa Nova, o clube da esquina entoou.
O teatro como extensão de sentimentos.
A dança como força de movimentos.
Os bonecos e os mascarados.
A arte cênica no tablado.
É Minas! No seu interior.
O cinema embora tímido.
Espaço certo demarcou.
Humberto Mauro e João Carriço.
Eram pioneiros, de tela em tela isso se revelou.
As Minas viraram grutas.
A cultura se encheu de valor.
O congado e a folia de reis
Foram danças para o Senhor
e foi deste modo que o povo de Minas
Na religião se firmou.
Famintos de comida e chão:
O torresmo e o feijão tropeiro,
Feijoada, carne de panela e angu com queijo
com colher de pau a dança e até o beijo
Corram logo companheiros,
-Comida mineira à mesa, tropeiros!
Nas minas de Minas as suas meninas.
Meninas de Minas são grandes aviões!
Olhando de baixo é puro fascínio.
De lado, ao ver o veículo pousado
Cuidado!!! O vento por elas gerado,
Pode criar gerar um tufão
O povo daqui acanhado
Cansado nunca ficou
Reduziu seu vocabulário e
“Procê” muita história ”contô”
No sino em seu badalo
Mais um amigo enterrou
“-Quem morreu “cê” sabe, Zé?”
Minas (en)curta,
um filme que não tem fim.
O tempo passa a vida se esvai.
Mas o mineiro, matuto calado,
apesar dos seus ais,
Não deixa de ser mineiro, uai!
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